O Governo aprovou hoje a criação do Programa de Recuperação Pós-Calamidade (Prepoc) para a recuperação social e económica das regiões afectadas pela passagem do ciclone Idai, anunciou a porta-voz do Conselho de Ministros.
"O objectivo do Prepoc é estabelecer um programa de reconstrução pós-calamidades", disse Ana Comoana, porta-voz do Conselho de Ministros.
Ana Comona falava a jornalistas no fim da 11.ª sessão do Conselho de Ministros, que foi alargada a governadores, administradores e autarcas das regiões afetadas pelo ciclone Idai.
O Prepoc será baseado em princípios, abordagem e estratégias orientadas para uma rápida recuperação do tecido social, atividade produtiva e a reabilitação e reconstrução acelerada de infraestruturas, explicou a porta-voz do Governo moçambicano.
O programa terá três etapas: busca, salvamento, resgate e assistência, recuperação rápida durante e após as calamidades e a reconstrução das infraestruturas.
O custo da execução do programa poderá ter um orçamento "elevado", a avaliar com os danos, disse Ana Comoana, sem, no entanto, avançar números.
O programa de reconstrução deverá, igualmente, ter em conta o processo de ordenamento territorial.
"São aspetos que tem a ver com o ambiente, estado dos solos que vão orientar a afetação dos espaços definitivos através de técnicos e peritos especializados e construção de vilas resilientes", acrescentou.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué a 14 de Março.
O número de mortos provocados pelo ciclone Idai e as cheias que se seguiram subiu para 598, anunciaram hoje as autoridades moçambicanas.
O número de pessoas afectadas pelo ciclone Idai em Moçambique subiu, relativamente ao último balanço, de 843.723 para 967.014, o que corresponde hoje a 195.287 famílias.
O grupo de pessoas afectadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.
As autoridades actualizaram também o número de casas totalmente destruídas que ascende agora a 62.153, 34.139 parcialmente destruídas e 15.784 inundadas, sendo que a maioria são habitações de construção precária.
LUSA – 03.04.2019
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