titolo : Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE
Link : Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE
Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE
Tema de Fundo - Tema de Fundo |
Escrito por Adérito Caldeira em 08 Novembro 2018 |
O pleito de 10 de Outubro passado foi precedido de emendas à lei do estatuto jurídico das autarquias locais e a lei de eleição dos titulares dos órgãos das autarquias locais. Para as Gerais de 2014 foram revistas as leis da Comissão Nacional de Eleições e do Recenseamento Eleitoral.
Todos pleitos anteriores foram antecedidos de mudanças negociadas pelos dois principais partidos políticos, salvo em 2007 quando o partido Frelimo impôs unilateralmente um novo “pacote eleitoral”. Paradoxalmente as duas formações que polarizam a política estão envolvidos em novas (antigas) negociações para novas reformas tendo em vista as Gerais de 2019.
“Apesar das reformas eleitorais quase permanentes e do “bom aconselhamento” repetido por observadores e especialistas eleitorais, alguns problemas nunca chegaram a ser resolvidos: o processo de apuramento continua a ser excepcionalmente longo e pouco transparente, os procedimentos de apelação e contestação não funcionam na prática, a impunidade continua a prevalecer e os órgãos de administração eleitoral são politizados em vez de serem neutros” constatou ainda antes das Autárquicas deste ano Marc De Tollenaere, mestrado em Estudos de Desenvolvimento e História, num dos 18 artigos que fazem parte do “Desafios para Moçambique 2018”.
Para este cidadão belga que é membro fundador do IESE a comunidade internacional e a sociedade civil moçambicana são cúmplices dos partidos Frelimo e Renamo nestas contínuas reformas eleitorais pois financia-a e dão o seu suporte com a crença que é a “maneira de impedir o retorno a conflitos violentos resultantes de disputas eleitorais, a melhor de promover ou aprofundar a democracia em Moçambique, a única maneira de eliminar as imperfeições de uma democracia emergente e criar confiança entre os arqui-rivais”.
Marc De Tollenaere conclui que “a reforma eleitoral que aprofunda a democracia (todas as partes aceitam as regras do jogo; há muito mais transparência e um terreno de jogo mais nivelado) provavelmente não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, como nos têm feito crer nos últimos 20 anos”.
Revisões do “pacote eleitoral” não alterarão a natureza do autoritarismo competitivo em Moçambique
“(...) Regimes autoritários eleitorais estabelecem eleições plurais como percurso oficial para o poder (...) estabelecem a competição eleitoral como único jogo aceitável. Ao mesmo tempo que instituem o jogo eleitoral (a disputa por votos), introduzem dois metajogos simétricos: o jogo da manipulação autoritária, no qual partidos no poder procuram controlar os resultados da competição eleitoral, e o jogo da reforma institucional, em que os partidos da oposição procuram desmantelar as restrições não democráticas que prejudicam a sua luta pelos votos”.
Concluindo que as revisões do “pacote eleitoral” não alterarão a natureza do autoritarismo competitivo em Moçambique, seja do partido Frelimo ou mesmo do partido Renamo, Marc De Tollenaere profetiza que: “Este autoritarismo poderá mudar devido a uma crise de sucessão dentro do partido no poder que leve a uma deserção significativa e/ou devido a uma crise de recursos que reduza os meios necessários para sustentar o clientelismo político de uma fracção suficientemente grande do eleitorado (neste caso, cerca de três milhões de eleitores)”.
Será Samora Machel Júnior o rastilho para uma crise de sucessão dentro do partido Frelimo? Ou será que a crise económica que estamos a viver, e pelos vistos continuaremos a enfrentar até o gás começar a dar para pagar as dívidas legais e as ilegais, é o pavio necessário para que os moçambicanos votem massivamente na mudanças em Moçambique?
|
Così l'articolo Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE
vale a dire tutti gli articoli Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE Questa volta, si spera in grado di fornire benefici a tutti voi. Va bene, si vede in un altro post articolo.
Ora stai leggendo l'articolo Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE l'indirizzo del link https://letturach.blogspot.com/2018/11/reforma-eleitoral-que-aprofunde.html
0 Response to "Reforma eleitoral que aprofunde a democracia em Moçambique não surgirá de negociações entre a Frelimo e a Renamo, diz o IESE"
Posta un commento