Por Carlos Nuno Castel-Branco
Há um discurso de ódio, de intolerância, de desrespeito pelas peasoas, uma mentalidade de infalibilidade e de direito divino ao poder, um crer na omnipotência, uma mercadorização da politica e dos valores éticos, que têm de acabar. Levados ao extremo, criam e, como diz Roberto Tibana num outro debate noutro local, albergam assassinos.
Para impermeabilizar a Frelimo, ou qualquer outra organização, contra a infiltração por assassinos e psicopatas, contra ambiciosos sem escrúpulos para quem o vale tudo é tudo o que vale, é preciso mudar muita coisa no discurso e na prática, nas ideias e na cultura. Quando a estratégia, a táctica, a linguagem, a mentalidade e a prática toleradas são de guerra (esmagar, asfixiar, não dar espaço, destruir, governar mil anos, inimigos, traidores, etc,) o terreno está a ser fertilizado para psicopatas ambiciosos ganharem protagonismo e poder.
Está a circular um texto de um dito prof que, no limite, faz a apologia do assassinato do Júnior e da sua madrasta, insinuando, até, que o pai do Júnior foi assassinado pelos seus pares. O indivíduo em causa está a fazer um ode à violência, ao ódio, ao racismo, à xenofobia, à homofobia, à intolerância extremas há 4 anos, em nome da Frelimo. Já se fez protegido de Guebuza e agora faz-se protegido de Nyusi, provavelmente à revelia destes. À medida que sobe no rank da organização, o seu discurso piora e está cada vez mais descontrolado. Tem sido muito criticado por muita gente, incluindo por muitos membros da Frelimo. A mais recente denúncia vem num post de Gabriel Muthisse, que aconselho que sigam. Mas a organização, a Frelimo, nunca se demarcou dele, até aqui, e ele tem-se estabelecido internamente. Porquê? Será que há quem pense que gente desta é necessária para certos trabalhos? É isto que, como diz o Tibana, cria a ideia que a Frelimo alberga assassinos mesmo que não seja uma organização de assassinos?
A denúncia feita por Gabriel Muthisse mostra que os factos são conhecidos e algumas pessoas no seio da Frelimo os repudiam completamente. Mas, até aqui, pelo menos tanto quanto eu saiba, a Frelimo como instituição ainda não se demarcou publicamente destes discursos nem abriu um processo legal contra os indivíduos em causa, que até fazem a apologia do assassinato de membros da Frelimo. Será isto evidência de que no seu seio há indivíduos que não vêem nenhum problema na táctica do vale tudo?
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